quinta-feira, agosto 31, 2006

Pensamento do dia :)

“God said not to touch the apple. He didn't say have a nibble, He didn't say touch it every once in a while! He said "Don't. Touch. It." Don't think about touchin' it, don't sing about touchin' it, don't think about singing about touchin' it. Don't touch it!”

Waylon Malloy Payne (Jerry L. Lewis) in Walk the Line

quarta-feira, agosto 30, 2006

Günter Grass, o Nobel crucificado!


Acho ridícula a condenação idiota que estão a fazer a Günter Grass por causa da sua participação nas SS aos 17 anos. Acho ainda mais ridículo ponderar sequer a possibilidade de lhe ser retirado o Prémio Nobel. É um desrespeito para com a sua obra que sempre tratou com sinceridade a história alemã relativamente ao nazismo, como o caso de “O Tambor”.
Mas claro, fica sempre bem oferecer resistência a tudo o que cheire a Hitler, passe-se por cima do que for. Se bem me lembro o Papa Bento XVI também pertenceu ao exército nazi, aliás Ratzinger foi amigo e companheiro de Grass em Aibling quando os dois eram jovens. Mas para Ratzinger o caminho da absolvição foi bem mais curto, é um homem de Deus, “habemus papam” e situação resolvida…
A única coisa verdadeiramente “nazi” hoje em dia é a opinião pública cega, ignorante e pretensiosa!!!

terça-feira, agosto 29, 2006

O fenómeno Ségolène!

Reservo este espacinho para exteriorizar o meu contentamento em relação a Ségolène Royal, deputada do PSF e, acredite-se, uma credível candidata do mesmo partido ás presidenciais francesas. Como uma batalha quase ganha junto á população mas com uma guerra para enfrentar dentro do Partido Socialista, Ségolène tem-se tornado num verdadeiro acontecimento. Embora não particularmente simpatizante das suas ideias, dou a mão à palmatória pela energia.
Depois do posts abaixo, qualquer sinal de evolução é bem-vindo!
Um pequeno passo para a mulher... :)

Justiça Femenina (à Portuguesa...)


...e não só... infelizmente!

segunda-feira, agosto 28, 2006

Mulher encontrada morta em casa… Ninguém diria!

Mais uma mulher que morreu vítima de violência doméstica! É muito triste, é realmente muito triste viver num país onde mulheres ainda morrem por incompetência. A senhora em caso já vinha registando denúncias de violência doméstica desde 2003, que decerto terão sido arquivadas com muito “sentido de dever cumprido” por parte das autoridades. Melhor ainda, a GNR foi chamada a casa da vítima na manhã da sua morte e esta foi transportada para o hospital com vários ferimentos, segundo a própria, causados pelo marido. Como é que ela morre na mesma tarde? Por muito que custe ouvir, isto foi um “vão á merda” por parte do conjugue.
Tantas campanhas de sensibilização, tantas discussões e tudo continua na mesma. A senhora levou duas vezes no mesmo dia até falecer e não interessa saber o que aconteceu ao agressor! Porquê? Porque era uma desgraçada de um fim do mundo qualquer que não interessa a ninguém, mais um número insignificante…
Mais uma vez é muito triste, que mulheres ainda morram sob o jugo de uma justiça que parece funcionar como uma “peneira”!

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Memórias de um domingo triste...

"Que dizeis vós, Senhor? Palavras, palavras, palavras..."
"Palavras são como patifes desde o momento em que as promessas as desonram!"

William Shakespeare

domingo, agosto 27, 2006

Legado de um génio!


Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples
Tem só duas datas — a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra cousa todos os dias são meus.

Sou fácil de definir.
Vi como um danado.
Amei as cousas sem sentimentalidade nenhuma.
Nunca tive um desejo que não pudesse realizar, porque nunca ceguei.
Mesmo ouvir nunca foi para mim senão um acompanhamento de ver.
Compreendi que as cousas são reais e todas diferentes umas das outras;
Compreendi isto com os olhos, nunca com o pensamento.
Compreender isto corri o pensamento seria achá-las todas iguais.

Um dia deu-me o sono como a qualquer criança.
Fechei os olhos e dormi.
Além disso, fui o único poeta da Natureza.

Alberto Caeiro, Poemas Inconjuntos

sábado, agosto 26, 2006

E depois de amanhã?



Está confirmada a participação portuguesa no reforço da FINUL (uau!), assim como o seu comando por França até 2007 e depois por Itália, sendo estes dois países os seus maiores contribuidores. No seu total a FINUL deverá chegar aos 15000 efectivos, mas até que ponto será eficiente?
O Irão continua a resistir á suspensão do seu programa nuclear, disparando exigências atrás de exigências. Entretanto continua com as actividades de enriquecimento de urânio afirmando que são "uma mensagem de paz para os vizinhos e uma advertência para os inimigos".
Estando o Irão acusado de passar armamento pela Síria para o Hezbollah libanês (a Síria recusa o destacamento da FINUL para a sua fronteira com o Líbano, considerando-o um acto “hostil”; quem diria!?) um acordo em relação á sua politica de armamento nuclear torna-se preponderante, tendo em conta o historial duvidoso da FINUL em Israel (ver artigo no Expresso).
Israel não ficou indiferente a estas declarações tendo nomeado um comandante para a Força Aérea israelita que é “director de uma "campanha" contra países que não fazem fronteira com Israel, principalmente a República Islâmica do Irão, segundo o jornal "Ha'aretz", citando o JN.
Estará a ONU ocupada a trabalhar na resolução de um conflito enquanto se avizinha outro?

“Amores de Verão enterram-se na areia!”


Naaa.. O conceito é bem menos especifico: amores frívolos enterram-se no lugar onde nasceram, seja ele areia, montanha, Porto, Londres ou Pequim! A cada lugar uma história diferente. A este ritmo por quantos sítios se tem que passar?
Li algures que uma relação estável e equilibrada é um bem cada vez mais raro, com tendência a tornar-se bênção de alguns iluminados. De facto, é verdade. As mulheres emanciparam-se e começaram a procurar a mesma coisa que os homens; já não há razão para andar à procura de um remeloso qualquer só porque se quer ter namorado, agora somos muito mais conscientes do nosso valor e eles é que têm que perseguir a primeira remelosa que lhes parecer que vai dizer sim! De um modo geral, as mulheres têm as mesmas necessidades fisiológicas que os homens, como sempre tiveram, a diferença é que a queda de tabus (no referente ao sexo, claro) acabou com o medo de as afirmar explicitamente.
E então, onde pára o amor? Agendado para tema da próxima conversa com o psicólogo! Não é bem assim, mas a verdade é que o amor (a confiança, a sensação de intimidade, o eterno conforto de, quando te apetecer, dormir ao lado de alguém com que te sentes mesmo muito bem, a cumplicidade) já só dá sinal de vida nas duas semanas (meses) a seguir ao término de uma relação, tendo esta existido ou não. Como é que, hoje em dia, uma mulher define a si mesma e aos outros o grau de legitimidade que dá ao amor? E será que a emancipação da mulher deve ser para a afastar do homem, tornando-a á sua semelhança em ideais, ou para os aproximar, tornando-os diferentes mas complementares, havendo cedências para que isso seja possível?
José António Saraiva (ex-director do Expresso) diz que as mulheres lhe metem medo e que, das cinco mulheres que relata no seu novo livro, a que mais atrai os homens é a mulher dos sete ofícios, “uma mulher independente, que já foi actriz e que nenhum homem consegue prender (…) a única personagem idealizada”!
Atrair? Idealizada? ONDE PÁRA O AMOR?

sexta-feira, agosto 25, 2006

1701 sem pressas!!


O presidente francês, Jacques Chirac, anunciou ontem o destacamento de mais 1600 militares para o reforço da FINUL. A este número devem-se juntar outros reforços provenientes de Espanha, Itália, Finlândia e até Portugal já começou a discutir essa possibilidade. Entretanto e sem a chegada dos reforços para o contingente de “capacetes azuis” a resolução 1701 da ONU continua um campo minado, com pequenas explosões que sucedem tanto em Israel como no Líbano. Ao ponto do governo da Itália ameaçar não mandar tropas para o Líbano, se o exército israelita "continuar a atirar".
Qual é a pressa?...

A visitar: o site da Amnistia Internacional (http://www.amnesty.org/) onde existe um relatório exaustivo sobre o facto de Israel ter atacado infra-estruturas civis deliberadamente, dando azo á necessidade de uma investigação internacional, segundo a organização.
De acordo com o JN, o general Dan Haloutz, chefe do Estado-Maior de Israel, reconhece pela primeira vez, erros na gestão da guerra contra o Hezbollah, nomeadamente a nível "logístico", "operacional" e a nível do "comando", quando até ontem em nada duvidava da sua estratégia…

quinta-feira, agosto 24, 2006

Desenhar Beirute

"from under the lebanese earth more than 1500 persons are asking themselves, why?"

Um dos muitos desenhos de Marzen Kebaj, pintor, ilustrador e músico que (ainda) vive sob os ataques a Beirute. Trabalha de dia e durante as noites em que não consegue dormir, quando há luz, na companhia do seu filho de 5 anos. Através do seu blog (http://mazenkerblog.blogspot.com/) envia diariamente ao mundo uma visão ilustrada do terror que se vive no Líbano.

Ver também http://laureghorayeb.blogspot.com/, de Laure Ghorayeb, pintora/poeta e jornalista, também em Beirute, Líbano.

Wife Acceptance Factor??

A edição deste semana do Expresso traz, na secção de opinião, a apresentação da seguinte sigla: WAF (algo como Factor de Aprovação pela Esposa), sobre como as mulheres dominam praticamente todas as compras feitas para casa.
Eis um trecho particularmente interessante:

"As mulheres estão a começar a ter um papel de liderança em quase todos os mercados, e não apenas no ocidental. É notório também o aumento da influência em culturas tradicionalmente mais machistas. Na Índia, a indústria cinematográfica, a famosa Bollywood, começa a ser dominada por mulheres que estão à frente dos grandes estúdios e das maiores produtoras, derrubando assim cada vez mais barreiras na conservadora sociedade hindu. E isto acontece um pouco por todo o lado, da Àsia à América do Sul, onde o estereotipo da mulher latina sempre foi o de uma serena e silenciosa apoiante das decisões masculinas (isto é que era querida*)."
*no comments

É um facto que vejo com muito agrado, tendo em conta as brutalidades dos regimes opressores orientais. No entanto, Nuno Presa Cardoso tinha algo mais a acrescentar:

"Se a maior parte do dinheiro somos nós que o levamos por que não tomamos nós a maior parte das decisões? Parece justo. Comprem-se então plasmas em vez de frigoríficos. (...) São pequenas atitudes que podem ajudar a inverter esta tendência tão negativa."

Sr. Presa Cardoso, porque não comprar todas as camisolas do SLB em vez de cuidar do orçamento para a educação das crianças (ah.. escolher o carro novo não lhe deu tempo para ver que está complicado?), porque não uma assinatura vitalícia da Playboy em vezes de fazer as contas para as compras do mês, de modo a que nunca lhe falte nada ao jantar?!

(esqueci-me disto, querida)...

ver artigo em:
http://expresso.clix.pt

quarta-feira, agosto 23, 2006

"Ah, gajas do meu país!"


A situação das mulheres, em Portugal (mas também em Espanha), não é tão estável como se possa imaginar. Ainda existem muitas arestas por limar, papel que não cabe só à política ou à legislação, mas também, e principalmente, às mulheres. Tem que haver uma consciencialização de que as mulheres são seres humanos ao nível dos homens, com direitos e deveres, e aquelas que o sabem devem fazer saber.
Existem vários blogs que são verdadeiras pérolas de um feminismo implícito bastante forte. “Bomba Inteligente” ou “Rititi”, são alguns bons exemplos. O último, “Rititi”, de Rita Barata Silvério, já deu origem a um livro em forma de compilação com os artigos que lá foram publicados. São textos crus e desbragados, mas que dão um novo ar à mulher portuguesa, ainda que não seja muito “correcto”.
Ainda há muito que lutar pelo tão esperado novo feminismo, um feminismo individual e interior, um femininismo de consciencialização, onde se espera das mulheres o grito de revolta que só elas podem dar!
Segundo Francisco José Viegas (escritor) um simples blog como o de Rita Barata Silvério representa um mundo "das mulheres que não são "as nossas mulheres portuguesas" oprimidas pelo fascismo ou enquadradas pelo alto moralismo da Esquerda".
Há de tudo para todos os gostos, há também quem não goste e há que tenha que se preparar, porque já chega de "mulherzinhas" e chegaram as "mulheres furiosas". Venham a Portugal essas gajas...

Portugal e Espanha - 20 anos depois? Que lástima...


Quando há vinte anos atrás Espanha e Portugal entraram na União Europeia, estes eram, então, dois países muito diferentes do que são actualmente.
O estabelecimento da democracia foi a mais importante aquisição resultante desta união. A democratização do sistema político foi o começo de uma onda de mudanças nos dois países.
Com a ajuda da União Europeia, Espanha, por exemplo, foi ao longo destes anos diminuindo a inflação, o desemprego e desenvolveu-se de maneira a estar a um passo de se tornar um net contributor na UE. Espanha tornou-se, de facto, na confirmação do sucesso de uma “união europeia”.
Em Portugal, infelizmente, as coisas não acontecem com essa fluidez. É de notar que o Presidente da Comissão Europeia é português mas, no entanto, a evolução não é equivalente.
De um modo comparativo, podemos avaliar as mudanças subsequentes à entrada na UE em várias temáticas, como o desemprego, por exemplo. Embora tendo estado sempre abaixo da média europeia, em Portugal o desemprego tem aumentado nos últimos anos. Juntamente com a fragilidade dos serviços públicos (como o controlo de incêndios) e das infraestruturas, estas características tornam Portugal num alvo de criticas relativamente a um possível mau uso dos fundos fornecidos pela UE.
Se atentarmos, por outro lado, na situação do aborto nos dois países, verificamos de um modo claro as diferenças evolutivas entre eles. Em Espanha, após a morte de Franco, o caminho para a legalização do divórcio e do aborto foi bastante menos complicado. O divórcio foi legalizado em 1981 e o aborto foi legalizado em 1985. Em Portugal o aborto ainda continua a ser encarado como uma prática ilegal, levando à prisão das mulheres que o cometem e dos médicos que o fazem.
O mesmo acontece com o casamento entre homossexuais. Em Espanha este já é legal, assim como a adopção por parte dos mesmos. Em Portugal, embora haja um artigo que proíbe a descriminação por causa da orientação sexual, a verdade é que esta ainda existe. Homossexuais não podem casar nem adoptar mas existem ainda muitas outras formas de discriminação que diferenciam os homossexuais dos heterossexuais, até na linguagem jurídica, ao serem usados termos diferentes para o mesmo crime, no caso do abuso sexual de crianças (se for cometido por um homossexual é relatado como “violação”, se for por heterossexual é relatado como “abuso sexual”).
Esta disparidade é devida, sobretudo, à prevalência do conservadorismo na mentalidade portuguesa, que aliado à (ainda) forte influência da igreja, torna muito difícil, senão impossível, uma mudança decisiva no conceito de liberdade individual.
Segundo o Anuário Ibero-americano (2004), Portugal atravessa anos de recessão, escândalos e catástrofes. Está numa difícil situação financeira desde que entrou em recessão técnica em finais de 2002. Jorge Sampaio, durante uma visita a Madrid, aproveitou para se queixar dos entraves que as empresas lusas encontram ao fazer negócios em Espanha e frisou várias vezes ao largo desse ano o “desastroso erro estratégico” que seria deixar Portugal à margem do processo de integração europeia. (De acordo com os dados do Anuário, em 2002, Portugal importou em bens um valor de 27.009 milhões de dólares e exportou 39.420 milhões ao passo que Espanha importou 158.893 milhões e exportou 125.795 milhões.)
No entanto, estas chamadas de atenção do Sr. Presidente foram, de algum modo, uma maneira de sacudir os escândalos que foram acontecendo entretanto, sobretudo da pedofilia na instituição benéfica da Casa Pia de Lisboa, que salpicou para a politica, para a diplomacia, para a medicina e para várias figuras sociais conhecidas.
A recessão, que causou pela primeira vez em anos um aumento bastante forte no desemprego e o aumento da prostituição no norte do país também são outros escândalos a considerar.
Mas ainda podíamos falar do caso Universidade Moderna de Lisboa, de Fátima Felgueiras, dos índices de sinistralidade (média anual de 1.500 mortos, 5.000 feridos e mais de 50.000 feridos ligeiros) e os 300.000 hectares de floresta ardida pela mão de incendiários ainda à solta.
Inegavelmente, o mais chamativo foi o facto da revista Times ter dedicado uma capa à proliferação das prostitutas brasileiras em Bragança.
É a imagem de um Portugal caído, lutando para não perder terreno na UE, abafado pela grandeza evolutiva do país vizinho.

Comentário crítico feito na ordem de um trabalho da cadeira de Inglês.

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PROTESTO!!


Julgamento Casa Pia ainda em curso. Criança brutalmente assassinada por mãe e tio. Criança espancada até à morte pela mãe. Bebe encontrado morto num caixote do lixo. Meninos de rua assaltam, vandalizam, são explorados, passam fome… Não acho bem continuar a citar porque tanta brutalidade acabaria por soar a normalidade. No meu país a pior probabilidade pende sempre para o lado mais fraco, só que no meu país existe a democracia. E esta democracia, a minha e a nossa democracia, ditou que o meu país não está preparado para assumir um referendo sobre o aborto.
O meu povo defende que toda a gente tem o direito à vida, incluindo as crianças acima referidas, acrescento eu, não vá ninguém pensar que vidas fora do útero têm menos valor espiritual que as vidas lá dentro. Ou será que não? Será que é um pecado maior abortar ou, salvo seja, deixar uma criança nascer para ser assassinada ou abandonada? Seria um sacrilégio desejar que não tivessem nascido?
Muita gente também afirma não haver desculpa para descuidos no que confere a relações sexuais. E não há! Entendo isso. O que não entendo é como não se consegue ver que numa adolescente grávida, o problema não é a adolescente mas sim a criança que vai nascer. O aborto legal não deve servir para passar a mão na cabeça a nenhuma mulher, mas sim para evitar um possível problema. Que sentido faz uma mãe de 18 anos, se aos 25 já é tão difícil? Que sentido faz, por outro lado, obrigar uma mulher (ou uma criança) a ser mãe, se já é tão difícil mesmo querendo ser?
De direito à vida e de religião nem vou falar, pois seria um atentado contra a própria neutralidade do Estado, visto que sou uma calma defensora da Républica e da Laicidade.
Tenhamos, no entanto, em conta que está em discussão a legalização do aborto e não a sua liberalização!
Ainda há, de facto, muitos passos a dar nesta matéria, mas, também é certo que a esperança é a última a morrer. Enquanto não chegar Setembro de 2006, ou talvez bastante mais, deixemos as nossas crianças nascerem com um futuro incerto, deixemos as nossas (raras) adolescentes que podem com a possibilidade de uma viagem a uma clínica espanhola, deixemos que futuros homens e mulheres de Portugal nasçam à pressa. Entretanto vamos lendo jornais.
Trabalho feito para a cadeira de Discurso dos Média.

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